domingo, 21 de novembro de 2010

Relacionamento um tanto masoquista.

domingo, 21 de novembro de 2010
Por Mari Mello

Não vou falar aqui de chicotes, correntes, algemas, botas nem roupas de vinil. Você não precisa de toda essa parafernália para gostar da dinâmica sofrer-fazer sofrer num relacionamento. Estou falando de meninas que ficam revezando com o namorado, por vezes no papel de durona/fria/insensível, por outras no papel de vítima/sofredora/mulherzinha. Um modo nada saudável de conviver, mas que dá prazer a muita gente.

Tem menina cujo tesão é se sentir a dona da relação, dominadora-mór, e ter um namorado que a coloca no pedestal, usar e abusar do moço, faze-lo de capacho, de pobre-coitado. Não, elas não são más. É o jeito delas de amar e de ser amada. Também não estão fazendo mal a ninguém.

Meninas assim só existem e namoram porque há caras que adoram beijar os pés delas e limpar o chão por onde passam. Até que... um dia eles cansam, dão o pé na bunda delas, e a relação se inverte. Então, as gostosonas/sabichonas/donas-da-verdade passam a se rastejar no chão atrás do moço que as deixou. E aí, são eles que passam a cuspir na cara delas, ignora-las, rejeita-las. Com prazer. Mas sempre com o sofrimento. Ele tem de estar presente, nele, ou nela.

Eles vivem brincando de gangorra. Quando um está em cima, necessariamente o outro tem de estar embaixo. E se perde uma energia danada um com o outro, deixando as outras coisas da vida em segundo plano. Quanto mais você precisa pra saturar, e chamar seu amado pra irem brincar no balanço, pra variar? É muito mais gostoso! Assim vocês podem revezar entre um empurrar o outro pra ir mais alto e até balançarem juntos, de mãos dadas.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O pênis de borracha

segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Por Simone Freitas

Era uma vez um pênis de borracha sem nome ainda definido. Um dia ele saiu da prateleira de uma loja fria e foi parar em um lugar quente, levando felicidade para duas mulheres apaixonadas. Há quem diga que nada foi o mesmo depois que ele surgiu e por isso sua presença é sempre requisitada nos encontros mais calientes.
Desde então ele vive numa caixa dentro de um saquinho vermelho, em um quarto alugado numa rua estreita. Os únicos lugares que ele já havia visitado, mesmo assim durante o trabalho, foram um pequeno banheiro e uma sala, ambos no mesmo apartamento onde ele mora.

Um dia desses eis que ele é convidado pra uma viagem! Sim, nosso amigo ainda sem nome definido ia desbravar Minas, a começar pelo Vale do Aço! Alguém sugeriu:"Porque você não traz ele com você?!" Mas eu, pensando numa surpresa, resolvi dizer: "Ish, esqueci de pegá-lo...Deixa pra próxima" Só que na verdade ela já estava em minhas mãos! (nao literalmente, por favor)
Depois de retirá-lo de sua casa trouxe-o pra minha e agora era apenas colocá-lo na mala e levá-lo para cumprir suas obrigações! Peguei a mala, coloquei roupa de cama, toalha e peguei o... Bom, tive que dar uma saída. Voltei um tempo depois, feliz e fui até o quarto dos meus pais e....

!!!!!!!

O que minha mala está fazendo em cima da cama deles?!Porque ela está vazia?!?Onde estão minhas roupas?! Onde está o...?!!


Correria até meu quarto! Minhas roupas em cima da cama e com elas a lembrança de que eu ainda (por muuuito pouco) não havia colocado a "bagagem" na mala! Alívio total!!! Já pensou o que meu pai, que pegou a mala na minha cama pra usá-la, ia pensar se no meio da roupa de cama encontra um... Pênis de borracha?!?!

Ok, ok! Um susto a menos. Mais cuidado na hora de transportá-lo, eu sei... Bagagem arrumada e é hora de ir! Malas prontas, passagens compradas, ônibus, 6 horas de viagem e fim da linha, chegamos ao nosso destino!

Ele adorou o novo lugar! Gostou até mais de lá do que do seu próprio lar... Tanto que arriscou posições diferentes, novas abordagens e teve como resposta só elogios! Ele era só felicidade! Todos nós éramos só felicidade!No domingo, após se divertir bastante, passou por um momento de tensão.

É importante contextualizar você leitor ( ou melhor, leitora) para que o drama seja bem visualizado!

A. esteve em outra cidade por toda a semana, fazendo estágio. Sua irmã, An., mora nesta cidade com o marido LF. No fim de semana eles foram pra outra cidade passear e fui pra casa deles ficar com A. no que pudemos chamar de quase-lua-de-mel. Ficou acertado que eles voltariam domigo à tarde e passaríamos o resto do dia com eles. Achamos que eles iam avisar que horas chegariam.
Isso não aconteceu.

Momento crítico: Estávamos no auge da coisa
Sorte: A porta estava trancada

Bom, só deu pra ouvir a fechadura mechendo. Depois disso o que se passou foi uma mistura de corpos nus procurando algo pra vestir, cintas e acessórios (incluindo nosso protagonista) voando sem direção procurando um lugar pra se esconder e uma tentativa fraquíssima de estender um edredon no colchão, palco de um espetáculo cortado ao meio.

A. - Oiiii An.!!!(abraços) Saudades de você! Você não avisou que tava chegando... (com cara de quem estava fazendo exatamente aquilo que queríamos que ela não soubesse que estávamos fazendo).
An. - Uai, a casa é minha né...Eu não sabia que tinha que avisar que eu estava chegando!Rss (olhar estranho pra mim, pra blusa sem sutiã de A., pro meu cabelo desarrumado e pro sorriso amarelo de nós duas!)

Após uma leve vontade de morrer tudo se normalizou! An. sabe da gente e é super de boa, conversa abertamente com a gente sobre isso, tanto ela quanto o marido dela. os dois são muito jovens e tão loucos quanto A.! Nos divertimos muito na presença deles! Ela tem um senso de humor excelente!
No fim da noite saímos todos para comer e ao voltarmos pra casa ficamos na sala de televisão, onde estava localizado o colchão citado anteriormente. Estava eu deitada no colchão, LF. sentado no sofá, A. em algum lugar distante dali e An. tinha acabado de entrar. Ela veio se sentar justo no colchão onde eu estava deitada.


An. - Então Dani..(apalpando o edredon) Não acredito que vocês dormiram só com um edredon...Tinha outros lá no...
D. - [PÂNICO!!] (Nosso visitante estava por ali em algum lugar! Eu preccisava tirar An. dali!) ( dei um pulo do lugar que eu estava deitada e sentei-me na sua frente e segurando sua mão...) Então An., mas não fez frio não... Esteve bom...
An. - [olhar assustado com o fato de eu ter segurado suas mãos] O que você está escondendo aí no colchão?!
D. - Eu?! Nada uai... ( Nossa...Já era!)
LF. - [rindo e apontando pro lugar que eu tinha acabado de sair que agora estava descoberto] Será que não é aquele pinto de borracha ali não?
D. - [sensação de desmaio!]

Todos os olhares se voltaram pra ele... E lá estava nosso exibido amigo, descoberto e feliz com com a situação!
Risos.

D. - AAAAAA. Será que você pode dar um pulinho aqui?! Estou passando por um momento de constragimento e queria que você participasse disso!

E lá veio ela, se divertindo com a situação enquanto todos nós ríamos!

A. - Ah! [segurando ele e colocando-o no chão] E ele tem essa ventosa também!

Mais risos!! Algumas piadas!

D. - Esconde isso!Rsrs

Quando ela foi escondê-lo alguma coisa fez um barulho fino como um assobio.

An. - Uai! [risos] Além de fazer o que faz e ter uma ventosa ele apita também é?!

Risos...

Depois de muito rir a situação se controlou! Tudo ocorreu bem. No dia seguinte viemos os três embora felizes com o fim de semana perfeito! Ela me deixou em casa, peguei minha malas e nos separamos, já com saudades...
Mais tarde nos encontramos novamente. No meio de um passeio pela cidade eu pergunto...

D. - Então, o nosso amigo tá com você?
A. - Tá sim, coloquei ele na minha mala.
D. - Mas você escondeu ele né?
A. - Não... Só joguei ele lá dentro, por cima das roupas mesmo.
D. - E sua mãe não vai mexer na sua mala não?
A. - ........................
D. - ........................

Moral da história: Deus não da asa à cobra e não dá cobra pra quem nasce mulher. Se mesmo assim você quiser ter uma, saiba colocá-la num lugar bem escondidinho, de preferência um lugar quente e longe dos olhos de terceiros, a não ser que o terceiro também faça parte da brincadeira.

Conclusão: A mãe dela não nos descobriu e pensaremos 3 vezes antes de locomovê-lo para locais perigosos.

Observação: Aceito sugestões de nomes.
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